terça-feira, 13 de março de 2012

Já ouviu Guilherme Arantes? E Fábio Goes? e Jair Naves?


A música sempre esteve presente na nossa vida. Desde bebês. Somos criaturas sonoras por natureza.

Hoje me deparei com um artigo lindão sobre o Guilherme Arantes no Scream & Yell (sempre lá...!!!) e fiquei surpreso e feliz. Sempre gostei do cara, desde a mais tenra idade. E é estranho, mas cava fundo na memória e chego a sentir quase que o cheiro do momento: - Viajando de carro com papai, mamãe, sister e vovó para a praia escutando Guilherme Arantes. Era músicas que embalavam meus sonhos infantis e plantava uma semente a se desenvolver. Enfim...se hoje sou músico (meia-boca), devo uma parte disso (a boa, claro) ao Guilherme Arantes. Também quando passeio de carro com Yuri, percebo que agora ele presta MUITA atenção nas músicas e isso é maravilhoso. Tenho que escolher bem qual será a trilha sonora dele, aos 5 anos, nesses passeios. Semear boas sementes e retribuir.

Aqui também tem uma carta do próprio Guilherme, de 2006, respondendo a um jornalista sobre os (des)caminhos de sua longa carreira. Carta brilhante e sincera. Com rara inteligência, honestidade e integridade.

Mais um link? Aqui tem um pacotão de downloads de vários trabalhos de artistas novos ou nem tão novos que trilham nesse nefasto mundo artistico. Pois eu acredito (na verdade, eu sei) que tem muita gente honesta fazendo música boa. Mas estão "escondidas", fora da mídia, fora de padrões. Não estão aí só pelo mero sucesso e sim porque tem algo a expressar. Exalar suas intuições e inspirações. Converso com muita gente sobre isso e é incrível (assustador) quando me dizem que música boa é só a do passado. Acho que quem fala isso é que está lá atrás, no passado, parado no tempo. Sendo saudosista. É perigoso até. Se torna improdutivo, se torna um crítico vazio e armagurado. Ou então dizem que "se  não faz sucesso" então não é bom. Acho que é mais porque é difícil a gente admitir que tem preguiça de experimentar. Parecemos crianças teimosas que não gostam de comer pêssego mas nunca experimentou. Ou se experimentou, o pêssego não estava tão doce e abandonou. Para sempre. Bem....como adultos, sabemos que o prejuízo é deles. O "azar" vai junto.

" Se, mesmo sem mídia alguma, faço uma média de 15 shows por mês (quem faz?) é porque só tem um jeito do público curtir minha música: ao vivo . E eu agradeço muito isso, pois vivo do que sonhei viver: da música, e nada mais. Minha profissão é de músico, não de celebridade. Sucesso, qualquer coisa faz.
Vem aí um disco novo, sim, mas vai ser "apenas" um disco de carreira, com músicas novas. Em qualquer circunstância, digo do fundo da minha experiência que vale infinitamente mais um trabalho novo do que qualquer "jogada pra levantar", mais do que qualquer "projeto" espúrio de canibalização, de reprocessamento ou releitura. O mercado está covarde. Resta a nós gerarmos o milagre - mas não foi sempre assim? Se fosse pra abaixar as calças, em 1976, há 30 anos, eu teria gravado em inglês, pois era isso que o "mercado" exigia. Somos teimosos. Somos tinhosos e perigosos. Estamos vivos, e podemos fazer um estrago que ninguém imagina. " (E o Green day é Punk? hahaha)

(Trecho da carta do Guilherme Arantes linkado acima...Ahhhh, quem dera que todos os jovens, de qualquer área, não só artística, tivessem o espírito desse "senhor". Mas têm. É só procurar. Não é o Faustão ou Raul Gil quem vai jogá-los no seu colo.)




3 comentários:

Anônimo disse...

verdade...

Charlotte Sometimes disse...

'...infelizmente nem tudo é... e-xa-ta-men-te como a gente quer... deixa chover ô ô ô...deixa a chuva molhar...dentro do peito tem um fogo ardendo
que nunca, nada, nada vai apagar...'

What Are You Going to Do with Your Life? disse...

Quando eu fui ferido
Vi tudo mudar
Das verdades
Que eu sabia...

Só sobraram restos
Que eu não esqueci
Toda aquela paz
Que eu tinha...

Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando!
Daria tudo, por um modo
De esquecer...

Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo
E nada mais...

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