quinta-feira, 29 de março de 2012

Um cantinho para refletir...hehe

A Mariana (2 anos) estava aprendendo sobre o cantinho do castigo. A mãe, muito paciente, explicou:

- Filhota, você não pode riscar o sofá, não pode fazer malcriação e não pode gritar... Não desobedeça a mamãe, se não eu vou ter que colocar no cantinho pra você refletir e pedir desculpa pelo que fez. Passados 10 minutos, a Mariana pegou uma caneta e riscou o sofá. Prontamente, me chamou e disse:

- Posso ir pro cantinho refletir?

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Criança é um ser livre. Sem medo, sem hipocrisia, sem amarras...ahhhh que delícia. A Mariana simplesmente pesou o prazer de riscar o sofá com o castigo e percebeu que.....valia a pena...hahaha

Criança não tem apegos materiais, nem com os brinquedos....a gente é que ensina isso...a "cuidar" e ser egoísta, a tomar conta de tudo. Fora que muitas vezes a embalagem do presente é muito mais interessante que o "recheio".

Olha aí um bom uso para a televisão:


terça-feira, 27 de março de 2012

Ler faz bem...

Gosto de ler. Não só como "passatempo", mas como um exercício mental. Claro que não é garantia de tornar ninguém "mais inteligente". Mas menos também não. Mas há de se saber moderar, como tudo na vida. Não se pode deixar trocar seus próprios pensamentos pelos de autores. Como um alimento para o corpo, deve ser uma leitura de boa digestão. Deve-se somar e não anular, ou alienar.

Não obstante, adoro ficções que brincam com a realidade, com a cegueira e distrações a que o ser humano se aprisionou sem sequer se dar conta. Gosto de alegorias. Acho-as uma boa forma de fazer enxergar outros ângulos. Acredito que boas leituras podem abrir casquinhas para a verdadeira realidade do mundo. E que aproveitemos essas lascas e aberturas para aprendermos a pensar. Com liberdade. Fora de padrões e conceitos. Enfim, também ando lendo outras coisas que depois posso vir a comentar por aqui.

Ou não...


Eu, Robô, do Issac Asimov é um clássico absoluto da Ficção Científica. É magistral. As 3 leis que regem as condutas dos Robôs perante o ser humano parecem perfeitas. Será que são? Será que o ser humano pode criar algo mais perfeito (em conduta e ética) que ele próprio?


A realidade é o que vemos ou são só percepções e pontos de vistas diferentes? Qual é o UBIK de cada um? Nós o usamos constantemente? Para quem gostou de Matrix, Vingador do Futuro, Minority Report e Vanilla Sky é um prato cheio.


Woody Allen é hilário nessa coletânea de pequenos contos sobre...adultério. Brinca de forma deliciosa sobre os relacionamentos "mudernos". A gente distorceu completamente o que seja amor e matrimônio. Ninguém mais parece ser sério. Aqui é para rir de nossas ridículas amarras.

Aqui a coisa fica mais profunda. A história de Sidarta, garoto adorável e erudito que abdica de conforto e lisongeios e sai pela Índia à procura de seu verdadeiro EU. Aprende a jejuar com os Samanas, a meditar, encontra Buda, rejeita sua doutrina...torna-se homem de negócios, aprende sobre o sexo, entre tantas outras coisas para enfim perceber o que É. Inesquecível obra de Hermman Hesse.

terça-feira, 20 de março de 2012

Quem está acordado em Monte Castelo?

A Intertextualidade na Música Monte Castelo de Renato Russo


Achei um texto magnífico sobre essa música. Quantas referências o Renato usou nela e de forma magistral.

Pensa: Quantas vezes já a ouvimos e não demos sequer conta de entender as frases? Todos brandamos Renato Russo como gênio e nem sequer entendemos as letras. É... Estamos em quase pemanente "transe". Estamos em piloto automático. Estamos com os ouvidos, visões, paladares, tatos e olfatos viciados e dormentes. Mas ele já sabia e cantava:

"Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem."
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A letra:

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.

Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.

É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

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O artigo trata da conversa que o compositor Renato Russo trava em sua música “Monte Castelo”, com o famoso poema de Luís de Camões “Amor é um fogo que arde sem se ver” e com o texto bíblico “O amor é um dom supremo” escrito pelo apóstolo Paulo à Igreja de Corinto. Há ainda a alusão do título da música a uma batalha da Segunda Guerra Mundial vencida por soldados da Força Expedicionária Brasileira; batalha na qual, apesar da vitória, ocorreu uma baixa de 1000 pracinhas. A motivação em se trabalhar a intertextualidade presente nessa música veio da observação do ajustamento perfeito do tema “Amor” que o compositor conseguiu mesmo promovendo o diálogo entre obras tão distintas como o poema de Camões, que fala de um amor Eros (homem-mulher, possessivo) e a carta de Paulo, esta tratando do amor Ágape (o amor altruísta, generoso). Dessa forma, o objetivo foi encontrar na música o elemento chave que une os dois textos e seu título. Assim, foi feito o estudo dos três textos e o contexto em que foram escritos, chegando-se à afirmação de o amor ser tratado como um sentimento que se concretiza na ação; e esta sempre acarretará em alguma forma de dor nobre.


Soldados brasileiros na Batalha de Monte Castelo

Mas como todos sabemos, a verdadeira guerra está aqui dentro.








quinta-feira, 15 de março de 2012

...mais tirinhas...geniais...adoro

Deus é de Leão? Nasceu em Julho? kkk, mas brincadeiras à parte, se fizer piada com a minha piada, eu o bloqueio do blog ... hahaha

Alguém duvida disso? E se o BBB fosse a autêntica exposição do ser humano como ele é, estaríamos perdidos. Bom, na verdade, aqueles chimpanzés da casa podem retratar bem os seus telespectadores....eles se completam.

Mas definitivamente, NÃO é todo mundo assim.

Ah...a hipocrisia nossa de cada dia.

Isso é hilário! E acontece com frequência!

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço...

Justo, oras...rs

Sad, but true...


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E antes que alguém me acuse de demagogo e hipócrita no meu próprio blog, SIM, eu me vejo em várias situações assim. E é bom quando a gente SE ENXERGA! É o 1º passo para melhorar.

Mas enquanto não somos santos perfeitos (não o time, porque o time já é...rs), vamos manter certo bom humor enquanto descobrindo nossas proprias fragilidades e personalidades.

terça-feira, 13 de março de 2012

Já ouviu Guilherme Arantes? E Fábio Goes? e Jair Naves?


A música sempre esteve presente na nossa vida. Desde bebês. Somos criaturas sonoras por natureza.

Hoje me deparei com um artigo lindão sobre o Guilherme Arantes no Scream & Yell (sempre lá...!!!) e fiquei surpreso e feliz. Sempre gostei do cara, desde a mais tenra idade. E é estranho, mas cava fundo na memória e chego a sentir quase que o cheiro do momento: - Viajando de carro com papai, mamãe, sister e vovó para a praia escutando Guilherme Arantes. Era músicas que embalavam meus sonhos infantis e plantava uma semente a se desenvolver. Enfim...se hoje sou músico (meia-boca), devo uma parte disso (a boa, claro) ao Guilherme Arantes. Também quando passeio de carro com Yuri, percebo que agora ele presta MUITA atenção nas músicas e isso é maravilhoso. Tenho que escolher bem qual será a trilha sonora dele, aos 5 anos, nesses passeios. Semear boas sementes e retribuir.

Aqui também tem uma carta do próprio Guilherme, de 2006, respondendo a um jornalista sobre os (des)caminhos de sua longa carreira. Carta brilhante e sincera. Com rara inteligência, honestidade e integridade.

Mais um link? Aqui tem um pacotão de downloads de vários trabalhos de artistas novos ou nem tão novos que trilham nesse nefasto mundo artistico. Pois eu acredito (na verdade, eu sei) que tem muita gente honesta fazendo música boa. Mas estão "escondidas", fora da mídia, fora de padrões. Não estão aí só pelo mero sucesso e sim porque tem algo a expressar. Exalar suas intuições e inspirações. Converso com muita gente sobre isso e é incrível (assustador) quando me dizem que música boa é só a do passado. Acho que quem fala isso é que está lá atrás, no passado, parado no tempo. Sendo saudosista. É perigoso até. Se torna improdutivo, se torna um crítico vazio e armagurado. Ou então dizem que "se  não faz sucesso" então não é bom. Acho que é mais porque é difícil a gente admitir que tem preguiça de experimentar. Parecemos crianças teimosas que não gostam de comer pêssego mas nunca experimentou. Ou se experimentou, o pêssego não estava tão doce e abandonou. Para sempre. Bem....como adultos, sabemos que o prejuízo é deles. O "azar" vai junto.

" Se, mesmo sem mídia alguma, faço uma média de 15 shows por mês (quem faz?) é porque só tem um jeito do público curtir minha música: ao vivo . E eu agradeço muito isso, pois vivo do que sonhei viver: da música, e nada mais. Minha profissão é de músico, não de celebridade. Sucesso, qualquer coisa faz.
Vem aí um disco novo, sim, mas vai ser "apenas" um disco de carreira, com músicas novas. Em qualquer circunstância, digo do fundo da minha experiência que vale infinitamente mais um trabalho novo do que qualquer "jogada pra levantar", mais do que qualquer "projeto" espúrio de canibalização, de reprocessamento ou releitura. O mercado está covarde. Resta a nós gerarmos o milagre - mas não foi sempre assim? Se fosse pra abaixar as calças, em 1976, há 30 anos, eu teria gravado em inglês, pois era isso que o "mercado" exigia. Somos teimosos. Somos tinhosos e perigosos. Estamos vivos, e podemos fazer um estrago que ninguém imagina. " (E o Green day é Punk? hahaha)

(Trecho da carta do Guilherme Arantes linkado acima...Ahhhh, quem dera que todos os jovens, de qualquer área, não só artística, tivessem o espírito desse "senhor". Mas têm. É só procurar. Não é o Faustão ou Raul Gil quem vai jogá-los no seu colo.)