terça-feira, 19 de novembro de 2013

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

De olhos e mente e coração abertos

Já falei antes que, mais do que tudo, ter esse bloguinho me faz exercitar a escrita e me serve como diário. Nunca fiz amizades por causa dele nem obtive nenhum tipo de contato para quaisquer assunto. E alguns amigos queridos às vezes vem me visitar aqui. E eu tento preparar um chá com biscoitos...hehe. Hoje estou com o cabeção a mil, e é bom ter este espaço virtual maluco ao alcance em vez de pedras, ou paredes da caverna para despejar minhas tolices importantes. 

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Hoje toco acústico com Ian. Sempre é um momento muito especial para mim. De relaxamento, de êxtase e exercício mental e porque não, espiritual. Música é um bicho doido. É um exercício esplêndido de concentração. No momento da execução de uma canção, mesmo que simples, vários sentidos estão na superfície do nosso ser. Fora da gaiola. A voz saindo do peito, passando pela garganta e a lingua se movendo formando palavras, a letra da música e seus significados, a batida do violão na cadência, ritmo, a força da palhetada sincopados, a espera por aquela mudança de nota fantástica, a respiração controlada. Tudo isso devidamente administrado pela mente, coração, corpo inteiro...com o pé batendo no compasso...tudo ao mesmo tempo e cada um a seu tempo. Tudo para dar à música, a intensidade e dinâmicas certas. Vida. E quando eu vejo alguém tocando assim ao vivo, eu piro. O tempo pára no ar.
É assim que "vejo" música, basicamente. Então tem memória para as letras, para a estrutura da música e notas, tem a mecanicidade controlada da mão esquerda formando acordes, da mão direita palhetando ou dedilhando as notas na força certa, no tempo certo. Tem o ritmo, que o corpo se adapta ao momento e vira uma coisa só, a concentração para fazer tudo isso paralelamente e harmoniosamente...ah como eu amo isso. Assitir, ouvir...mas principalmente interpretar...não preciso ser alguém famoso e nem ser um virtuoso. Só preciso sentir e ser autêntico, honesto e aberto.

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Vejo em todo canto, todo o tempo, TODO mundo buscando essa tal famigerada qualidade de vida e para isso, trabalham feito loucas e ironicamante, se afastam cada vez mais dessa tal e tão almejada qualidade de vida. Ou se são preguiçosas e mais sonhadoras do que práticas, ficam se imaginando com dinheiro para um dia usufruir essa qualidade de vida vendida nas capas de revistas e programas de tv. E, sonhando e esperando que isso aconteça um dia, se estressam, se frustram, se decepcionam e ficam doentes, amarguradas e depressivas. A qualidade de vida é simples. Viver agora e com o que tem. Para hoje!

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E o medo de ficar sem dinheiro? É o medo de ficar sem dinheiro que faz a gente ficar sem dinheiro. O medo de ficar sem dinheiro nos deixa doente, e ficando doente, gastamos o que temos.
É o medo de altura que faz a gente ter medo de altura. Mesmo sem estar em um lugar alto. Se eu me imaginar agora num lugar bem alto e sem proteção, eu posso já "convocar" esse medo e deixá-lo se instalar em mim. Mesmo sentado numa cadeira.
É tudo piscológico. E dual.

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Precisamos mudar a dialética das coisas. Precisamos ver as coisas como elas são, e não como nos são apresentadas. Não é fazendo um esforço descomunal e desordenado que vamos mudar. Quer dizer, até vai. Mas podemos parar num hospício pelo caminho. Um esforço repentino e muito grande é mais fácil de estressar e frustrar. Tem que ser gradativo. É preciso estar bem equilibrado para quando houver alguma ação, que não reajamos imediata e automaticamente a isso. Que reflitamos sobre a importancia daquilo. Muitas vezes vamos perceber que não valia a pena e só iamos reagir por impulso. Como entrar numa loja de liquidação sem precisar de nada e sair cheios de sacolas e o cartão estourado.
Ou como entrar na vida alegre e livre e se deixar levar pela multidão de zumbis autômatos presos.

É só nos perguntarmos: O mundo que vimos é certo? É justo? Então porque querer tanto ser parte disso? Sermos aceitos por quem nós mesmos não admiramos? Querer entrar num clube que abominamos?

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Acho que na maioria das vezes, olharmos um texto antigo nosso e achar idiota é muito melhor do que achar que um texto/pensamento antigo foi melhor do que a gente sente hoje. Entendamos: Se achar idiota, é porque evoluiu, se achou bom, é porque involuiu ou parou no tempo. Ou pode ser que estava inspirado mesmo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Requiem para um sonho...



 

Claro que interpretações de filmes, ou musicas, ou qualquer forma de arte é individual. Cada um filtra por seu prisma. As variáveis podem ser muitas, como, idade, modo de vida, conhecimentos,  experiências (que fazem identificar ou entender um filme ou não), pré-conceitos, nível de concentração, etc...Percebemos claramente isso ao discutirmos um filme com amigos (ou em em blogs, fóruns). Cada um entende de um jeito. Ou não entende. Já me falaram que Clube da Luta é um filme de violência gratuita e não tem história. Para mim, um dos melhores filmes filosóficos/psicológicos/comportamentais/sociológicos já feitos. idem a Magnólia, Vanilla Sky, Laranja Mecânica, De olhos bem fechados, Dogville, Brilho Eterno e muitos outros. Requiem para um Sonho é de 2000 e eu não o tinha visto. Não importa o meu atraso, o importante é tê-lo assistido agora. Antes tarde do que nunca. O filme se encaixa na mesma categoria dos citados acima, ou seja, cada um interpreta como lhe convém, de acordo com sua visão de mundo, e sempre é válido, porém, há muito simbolismo, muita coisa nas entrelinhas e é preciso um pouco mais para aproveitar as reflexões que o filme oferece.

Nas dezenas de resenhas que li meio por cima por aí, já deu para perceber que pouca gente enxergou a profundidade e simbolos das cenas e história e só viu um "filme sobre dependentes químicos", sejam eles lícitos e indicados por médicos, ou ilícitos. Mas há muito mais no filme. Há muito mais vícios, dependências e anomalias mostrados em entrelinhas. Sonhos de grandeza, de vontade de ascender e "ser alguém na vida" não importa como, ciúmes, status, de esperanças vazias, ganância, luxúria, etc...
Há cenas perfeitas:

- que mostram a semelhança de uma abstinência seja de heroina ou hamburgers e bacon;
- que o fato de (ser convidado) aparecer na T.V já muda a forma como os outros iguais a você te tratam, você até ganha um lugar melhor na calçada de tomar sol;
- das imagens mentais do ciúme, criando cenas que nem existem;
- onde o poder e o sexo fácil não suprem a falta de um carinho verdadeiro;
- de médicos impessoais e "traficantes" de drogas liberadas;
- de como confiamos na medicina moderna e enfiamos goela abaixo, drogas que nem sabemos o que é e como atuam;
- que as drogas lícitas podem ser tão assassinas quanto qualquer outra.

Há várias cenas extremamente simbólicas e despertadoras que estampam bem isso.



Como a que o rapaz "rouba" a T.V da mãe para bancar seu vicio em heroina, e a mãe desesperada, compra outra T.V para suprir seu vicio em... T.V.
O filme é forte e joga no colo do expectador que todos somos viciados e nossos comportamentos são dependentes, em maior ou menor grau e não importa do quê ou como. Viciados em dinheiro, em cultura pop, em luxuria, em T.V, em celulares, carros, em comidas calóricas, café, chocolate, em sonhar acordados...E tudo isso pode matar. Mais lentamente ou mais rapido, mas mata. E o cardápio é infinito, é só escolher sua overdose em doses homeopáticas ou na veia.
É um filme de horror moderno. Onde os monstros são os mais terrivelmente humanos possíveis. Com nossos comportamentos sonâmbulos e mecânicos movidos pela sedução.

A filmagem, as câmeras, atuações e trilha sonora são soberbas e alucinantes. Um filme que não sai da cabeça por muitos anos. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Nossos acusticos, nossos sonhos, nossas loucuras...



 

Nossos acústicos estão bem legais. Estamos aos pouquinhos incorporando ao repertório novas músicas que amamos e esperamos que quem assiste também venham a descobrir e gostar também.

O repertório agregado dos dois últimos foi esse aqui, se não me esqueci de alguma música. Algumas rolaram em um, outras no outro, sábado agora. As participações estão sendo muito especiais também. Ian e eu agradecemos as valiosas participações da Camila, do Ricardo Zumbido, Vitor, Alex, bar man do Pub, que além de nos servir muito bem, ainda manda ver um Pearl Jam na voz e violão.


 A Letter to Elise (The Cure)
 A Little respect (Erasure) (Com Ricardo Zumbido)
 A Night like this (The Cure)
 All my life (Foo Fighters) (Ian solo)
 ASK (The Smiths) (Com Ricardo Zumbido)
 Bigmouth strikes again ( The Smiths) (Com Ricardo Zumbido)
 Black (Pearl Jam) (com Alex, After Dark Pub)
 Black Star (Radiohead)
 Boys don’t cry (The Cure)
 Bring on the dancing horses (Echo and the Bunnymen)
 Cherub Rock (Smashing Pumpkins)
 Clocks (Coldplay)
 Disarm (Smashing Pumpkins)
 Doing to unstuck (The Cure)
 Don’t look back in anger (Oasis) (Com Vitor)
 Everlong (Foo Fighters) (Ian solo)
 Fake Plastic Trees (Radiohead)
 Friday i’m in love (The Cure)
 From above (Ben Folds) (Com Camila)
 Heaven or Las Vegas (Cocteau Twins)
 Head over Feet (Alanis Morrissete) (Com Camila)
 Here comes your man (Pixies)
 Here's where the history ends (The Sundays) (Com Camila)
 High and Dry (Radiohead) (Com Vitor)
 Hummer (Smashing Pumpkins)
 I Have Forgiven Jesus (Morrissey) (Com Ricardo Zumbido)
 Imitation of life (R.E.M)
 I Might be wrong (Radiohead)
 Is the end of the world as we know it (R.E.M) (Ian solo)
 Just like Fred Astaire (James) (Com Ricardo Zumbido)
 Just Like Heaven (The Cure)
 Karma Police (Radiohead) (Com Humba)
 Landslide (Fleetwood Mac)
 Let me kiss you (Morrissey) (Com Ricardo Zumbido)
 Linger (Cranberries) (Com Camila)
 Losing my religion ((R.E.M)
 Lullaby (The Cure)
 Mint car (The Cure)
 Moving (Supergrass)
 My hero (Foo Fighters)
 No cars go (Arcade Fire)
 Ode to my Falimy (Cranberries) (Com Camila)
 Os barcos (Legião Urbana) (Sam solo)
 Out of this world (The Cure)
 Paranoid Android (Radiohead) (Com Humba)
 Rescue (Echo and the Bunnymen) (Com Ricardo Zumbido)
 Rust (Echo and the Bunnymen) (Com Ricardo Zumbido)
 Save a prayer (Duran Duran)
 Seven Seas (Echo and the Bunnymen) (Com Ricardo Zumbido)
 Silver (Echo and the Bunnymen)
 Sit Down (James) (Com Ricardo Zumbido)
 Soma (Smashing Pumpkins)
 Sonnet (The Verve)
 Suedehead (Morrissey) (Com Ricardo Zumbido)
 Summer (Bufallo Tom)
 The Boy with thorn in his side (The Smiths) (Com Ricardo Zumbido)
 The Blood (The Cure)
 The Catterpillar (The Cure)
 The Killing Moon (Echo and the Bunnymen)
 The Last day in summer (The Cure)
 The one i love (R.E.M)
 The Promise (When in Rome) (Com Ricardo Zumbido)
 There's a light that never goes out (The Smiths) (Com Ricardo Zumbido)
 Tonight tonight (Smashing Pumpkins)
 Trust (The Cure)
 Where’s my mind (Pixies) (Com Vitor)
 Zombie (Cranberries) (Com Camila)

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Oh sente-se
Sente-se perto de mim
Sente-se
Em solidariedade

Aqueles que sentem o ar de tristeza
Sentem-se perto de mim
Aqueles que acham que são tocados pela loucura
Sentem-se perto de mim
Aqueles que se acham ridículos
Sentem-se perto de mim
No amor, no medo, no ódio, em lágrimas

Oh sente-se
Sente-se perto de mim
Sente-se
Em solidariedade
James - Sit Down

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"A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia." Michel Foucault

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Friedrich Nietzsche

"Nos chamam de loucos, num mundo em que os certos fazem bombas." Bob Marley 
 
"A pior das loucuras é, sem dúvida, pretender ser sensato num mundo de doidos."
Erasmo 



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Notas Fantasmas



 Estou me adentrando aos poucos no mundo das cervejas especiais (o quanto o bolso deixa é o principal empecilho...hehe). Deixando-me levar pelos aromas e sabores complexos das ditas cujas. Gosto de vinhos também, mas essas cervejas e seus vários tipos de maltes e lúpulos tão diferentes e combinatórios são um espetáculo ao nariz e principalmente à lingua e garganta. Meu, o que são aquelas cervejas da Brewdog! Esses escoceses são malucos revolucionários e mestres da alquimia cervejeira. A última experimentada foi uma Punk IPA. Repleta de aromas frutados (maracujá, abacaxi ou pêssego?), borbulhas certeiras na lingua e céu da boca e um amargor acachapante no final. Sensacional! mas onde quero chegar? A Alquimia que me refiro é que, diferente do vinho, onde o ingrediente solitário é a uva, em seus mais derivados tipos, nas cervejas artesanais, a combinação dos ingredientes básicos, o tratamento, a fermentação, o descanso, etc... podem alterar consideravelmente todo o corpo e sabor do liquido. Como uma cerveja pode emitir aromas e sabores de maracujá, pêssego, pão, caramelo ou chocolate sem ter sequer esses ingredientes na sua receita? É de se refletir. São ingredientes da natureza, que, combinados, lembram outras coisas da própria natureza...É ou não é um mistério? Gosto de chamá-las de notas fantasmas. Isso sem falar das harmonizações com os pratos certos. É chocante!

 Outro dia no estúdio do meu amigo, conversávamos sobre o prazer incrível que a música nos proporciona. Ouvir música é bom demais. Ao vivo, melhor. Agora, tocar é melhor ainda. Ele me disse que num ensaio certa vez, com a banda no gás, os instrumentos perfeitamente afinados, os volumes milimetricamente ajustados, durante certos momentos, "aparecia" no ar uma nota, uma ressonância que nenhum dos músicos tinha tocado. Como se as combinações das notas tocadas naquele exato momento por todos, ao se misturarem, gerava uma "nota a mais", algo gerado no ar, no encontro das frequencias dos instrumentos. Uma nota que está ali mas não está. Isso é divino. Já senti isso váriass vezes e sei bem como é. Arrepiante. Sobrenatural. É por isso que continuo buscando novos sons incansavelmente. Para vez ou outra, me deparar com uma música muito especial. Para se juntar à minha coleção de músicas inesquecíveis.

É isso que grandes bandas fazem. É isso que um mestre cervejeiro faz. Um grande pintor, ou cineasta. As grandes músicas (como as grandes cervejas) e tudo o que é bom, precisa ser experimentado várias vezes. Porque? Porque em só uma única vez não é possível perceber todas as nuances, descobrir todas as camadas que, combinadas do jeito certo deixam o resultado final irresistível. Polifonias, dissonancias. Queremos descobrir como foi feito. Seja contemplando ou dissecando.

Pode apostar que aquelas músicas que você ouve faz 20 anos e que nunca cansa de ouvir tem dessas notas misteriosas escondidas. O segredo da boa arte é o mistério! E o mistério é o que nos move. Somos seres humanos e nosso objetivo é desvendar mistérios.







terça-feira, 24 de setembro de 2013

Peixe Grande, Amelie e o tamanho do mundo.


Que tamanho de peixe seremos? O que nos "fisgará" e nos fará parar de crescer? A fraqueza e entrega ou a arrogância e presunção?

Outro dia reassisti Peixe Grande, do Tim Burton. E também O Fabuloso destino de Amelie Poulain. E é bom rever filmes que faz tempo que vimos com outra visão e mais bagagem da vida, outros olhares e sei lá, entendimento. Não pretendo resenhar os filmes aqui, nem é o caso. Mas sim, refletir sobre alguns aspectos e mensagens que eles passam.

Em Peixe Grande, acho que até mais do que contar a história de um contador de histórias, onde ele transforma os fatos "normais" em incríveis fábulas deixando a vida muito mais colorida e emocionante, também nos faz pensar em que tamanho de peixe queremos ser. No filme, o protagonista descobre desde muito cedo, que sua ambição é muito maior do que sua pequena cidade pode lhe oferecer, e lendo um livro científico, descobre que alguns peixes crescem de acordo com o tamanho do lago, ou aquário em que vive. (Há controvérsias se isso é verdade ou lenda). Verdade ou não, a analogia cabe maravilhosamente bem na nossa vida. Já que muito do que somos tem influência direta do meio em que crescemos e vivemos, fato. Desde a tenra infância até a vida adulta, as amarras das escolas, amigos, pais e sociedade limitam nossos sonhos e capacidades. Parece que já nascemos com carimbo de até onde podemos chegar. Que nosso intelecto e instintos, infinitos de possibilidades, uma hora estagna e não mais cresce. Criamos medos e com isso, também refúgios. Ambos das mais variadas formas possíveis. Medo de fracassar, medo do que os outros vão pensar, medo de mudar, de não se enquadrar, não ser aceito, medo de perder dinheiro, de não ganhar dinheiro, de perder amigos e em contra partida, os refúgios podem ser desde religiões (instituições), times de futebol, músicas e bandas, drogas, álcool, posses, trabalho (no sentido workaholic), obessões e compulsões em geral. Admiramos nos outros o que não tivemos coragem de fazer nós mesmos?
... 

Já em Amelie, a história mostra todos ao seu redor como que sonâmbulos, cegos e automáticos, enquanto ela vê a vida (dos outros), estando de fora, com maior clareza. Muito representativo quando todo mundo comenta uma tragédia/manchete (no caso, a morte de Lady Di) com tanto luto e entusiasmo quando isso está tão distante de suas vidas e as suas tragédias pessoais estão bem diante do espelho. Muito bonito quando ela, assistindo a um programa qualquer na T.V, tem um insight e desperta para sua própria vida. Se vê personagem dela e até de um quadro. Agora ela precisa de uma dose de coragem para encarar a si mesma.

E nós? Temos coragem de enfrentar nossos medos e experimentar nossos limites? Desconfio que não quebraremos essa corda nunca, pois ela é fantasticamente elástica.
Quando a gente começa a descobrir um pouco de nós mesmos, fazendo o que gostamos e brincando com nossas limitações, avançando que seja centímetro por centímetro, cada um no seu tempo, percebemos que não precisamos de ídolos. Que nossos heróis também são de carne e osso e também erraram muito para conseguir algo maior. Claro que podemos sofrer influências e nos inspirarmos uns nos outros, isso é muito bacana e uma das coisas mais bonitas de um ser humano com outro. Mas que o filtro esteja regulado e balanceado. Que a inspiração não vire obcessão cega.


Mudando de assunto, ou não...

Toco violão desde sei lá, meus 17 anos. Autodidata meio preguiçoso. Meu filho toca desde os 12. Agora ele tem 16 e é muito melhor do eu era, com 25. Aprender cedo faz muita diferença! Dei pequenas dicas à ele no começo, claro, e o rapaz tomou gosto e tem um ouvido incrível, além de boa habilidade com o instrumento. Estamos melhorando e descobrindo mais coisas sobre música juntos. Isso me revigora. Mas já sei que ele vai me passar fácil, o que acho explêndido.
Temos tocado de vez em quando num pequeno e aconchegante Pub na Zona Leste de São Paulo e está sendo extremamente recompensador. Tratamos o repertório com muito carinho e atenção e além de nos divertimos muito, humildemente podemos ajudar as pessoas a abrir um pouco o leque de opções. De emoções, de sons diferentes. Não é tão radical assim, mas num barzinho comum, onde nos famigerados acústicos a lei é Legião Urbana, Cassia Eller, aquela do Man at work, aquela do Red Hot, aquela do Cranberries, Wish you were here, tocar ao vivo coisas como Manic Street Preachers, Ben Folds, Cocteaus Twins, lados B do Cure...Arcade Fire, Morrissey (I have forgiven Jesus), The Sundays, Supergrass sem ser Alright, Echo and the Bunnymen (Rust, Back of love, My Kingdom...), REM sem ser Losing my Religion, Gram, Ludov, Volver, Pullovers, etc... é um desafio e experiência deliciosos.

E vamos todos nós nos desenvolvendo no nosso aquário e se um dia ele ficar pequeno demais, pular pra outro. Sem nunca esquecer de onde viemos.
É engraçado, pois muitas pessoas torcem o nariz e pedem sempre mais do mesmo, o que é normal, mas não deveria ser. Será que não nos achamos capazes de crescer e conhecer coisas novas? Nós mesmos nos limitamos e teimamos e temos orgulho do nosso gosto gasto, sei lá, mastigar o mesmo chiclete a vida inteira? Perdemos a curiosidade e o sabor incrível da novidade? Será que temos tanto desses orgulhos bestas só para encobrir nossa baixa estima?
Por outro lado e mais peculiar ainda, é quando aparece algum chatão arrogante de plantão. Tocaram Soma, do Smashing Pumpkins? Bah, prefiro a Siva. Tocaram Heaven or Las Vegas? do Cocteau Twins? Duvido tocarem Lorelei.

Mas o gostoso é a recompensa. Já teve gente que tomou o primeiro contato com Ludov, Volver, Gram, Pullovers, Cure ou Arcade Fire pelas nossas singelas versões. Passaram a acompanhar esses artistas e correr atrás de conhecer mais. Enfim. Cada um dentro do seu aquário e fazendo o que convém e acredita, muitas vezes sem agradar nem gregos nem troianos.

De toda forma, no nosso aquário tem os que não sabem e querem aprender, tem os que não sabem e não querem saber, tem os que sabem algo e se acham superiores e não querem aprender nem passar o que sabem e tem os sabem algo e adoram passar esse algo pra frente. Acredito que esses são os que podem pular para um aquário maior ou quem sabe navegar em lagos e viajar em correntezas incertas de rios tortuosos, mas só eles vão ver o que é que tem lá adiante depois da curva ou nas profundezas do oceano.

Enfim, enfim, enfim...cada um faz o que está ao seu alcance. E que alcance o que tiver que alcançar. Sabendo que estamos todos num áquario, seja ele o mesmo ou diferente, e não num oceano. Ainda...


O mundo é simplesmente e exatamente do tamanho que o enxergamos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Tão cansado...







Tão cansado;
Mas bem a tempo, eis que soa o gongo. (ou eu mesmo o soei?);
Alguns minutos para me recompor.

Mas jogar a toalha nunca.

São tantas idéias, anseios e sonhos;
Muita coisa a dar andamento;
Mas é preciso organizar;
Cada coisa a seu tempo e no seu lugar.

Mas antes posso dormir (e sonhar) por uns 10 dias seguidos?

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Between the click of the light and the start of the dream...
Between the click of the light and the start of the dream... 
Between the click of the light and the start of the dream...

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Querer é poder?



Sinceramente não sei por onde começar.
Gosto de tudo, como todo mundo. Aliás, como todo mundo que começa a perceber os sabores, os sons, as matemáticas, as visões, os tatos, cheiros. Somos todos criadores e pequenos gênios em potencial. Somos uma semente perfeita, mas que dificilmente germina e cresce do jeito certo. Porque foi regada errado. Mas nunca é tarde. Nunca. Queria escrever um livro, queria desenhar uma história em quadrinhos, queria lançar um disco, desenhar sua capa, produzir uma banda boa, produzir um espetáculo, fazer um filme, atuar numa peça, produzir minha cerveja, meu vinho, e compartilhar com os amigos, pintar um quadro...Achamos sempre que os outros são capazes e a gente não. Porque? Sentimento ridículo de inferioridade. De incapacidade. Se fomos regados erroneamente, agora podemos nós mesmos nos regar, oras. Tudo está aí para todos. Então vamos praticar a escrita, o desenho, experimentar as tintas, errar na medida do lúpulo ou do malte, fazer uma música com refrão, sem refrão. Até ficarmos bons. Mas é tanta coisa pra estudar, para se aprofundar. São horas e horas e mais horas. Tirando certa preguiça (pecado), admito, é mais falta de foco mesmo. De começar e terminar algo. Ou chegar no nosso limite para começar outra. Num piano, num violão, na cozinha, prancheta ou folha de papel. E eu queria saber tudo sobre tudo e não sei por onde começo. Me deleito com um quadrinho dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, com um filme do Wood Allen, um livro de contos do King ou cronicas do Veríssimo, com as brejas feitas por monges franciscanos ou por uns amigos do interior de MG. Com um show ao vivo do Jair Naves ou um DVD incrível do Arcade Fire ou do Radiohead tocando o King of Limbs. Eu devia estar satisfeito por ter tudo isso e muito mais ao meu dispor, mas não. Eu quero e eu preciso produzir algo também. Está em mim. Me sufoca até. E engraçado, mas colocando essas coisas pra fora de mim, eu me limpo e me torno cada vez mais eu mesmo.
- Então quero saber que nota tem em No cars Go naquele segundo específico que causa emoção no ouvinte (em Absolutte Begineers eu já descobri);
- Quero saber como o The Whip chegou naquele ponto de fazer música eletrônica tão hipnótica;
- Quero saber o que inspirou um livro como Casanova e porque se chama Luxuria;
- Quero saber porque a Paulaner Salvator tem aquele retrogosto de Amora, se não vai amora na receita;
- Quero saber como funciona um sistema de som 5.1 autêntico e se meu sistema auditivo o percebe;
- Quero saber o que inspira uma banda de 35 anos de estrada a fazer um disco novo eum show de 4 horas;
- Quero saber exatamente o que e como Pitágoras descobriu a relação música x matemática;
- Quero saber qual a relação da tabela periódica dos elementos com as notas musicais (repara bem no nome, (P E R I Ó D I C A);
- Quero assistir de novo em DVD o show Celebration do Led Zepellin e tirar pelo menos uma frase do Jimmy Page;
- Idem ao Pink Floyd at Pompeii;
- Quero entender todos os quadros de Da Vinci;
- Quero aprender a tocar um tiquinho de violino e bandolin;
- Quero entender como funciona um descanso de tela que acompanha as batidas da música;
- Diabos, quero saber a lente e iluminação certa da camera ao tirar foto no crepúsculo;
- Quero aprender a tocar todas as músicas do Cocteau Twins;
- Quero aprender a colocar uma curva descendente na bola numa cobrança de falta; rs
- Quero perder o medo de altura e andar de balão;
- Quero conhecer as pirâmides do Egito, Machu Picchu, Grécia e Lua;
- Quero compor uma música e poder colocar uma nota em 7ª na hora certa;
- Que essa música nunca se enjoe de ouvir, mesmo depois de 50 anos;
- Quero yoga e meditação;
- Quero tudo que dê tempo de fazer nessa vida e valha a pena;
- E quero voltar aqui daqui a algum tempo e poder "ticar" vários ítens porque já foram experimentados. E também incluir muitos mais.

Agora vou ali bater o cartão de ponto. Onde eu estava mesmo? O que eu estava falando?

Quadrinhos dos gêmeos Fabio Moon e Gabriel Bá:
http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2007-05-01_2007-05-31.html

Um tiquinho sobre Pitágoras:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/musica/pitagoras.htm

Como fazer cerveja em casa:
http://www.comofazercerveja.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=11

O melhor site de cultura pop do Brasil:
http://www.screamyell.com.br/

Mais muitíssima vida inteligente por aí na internet:
http://mentirinhas.com.br
http://rafaelsica.zip.net
http://rraurl.com
http://www.saindodamatrix.com.br/
http://www.humaniversidade.com.br/
http://www.cineclubesocioambiental.org.br/home/
http://tenhomaisdiscosqueamigos.virgula.uol.com.br/





terça-feira, 27 de agosto de 2013

ARTE



Sou quase completamente leigo no que se refere a história da arte, seus movimentos e períodos, seus expoentes. Quando vejo um texto na minha frente, até leio e gosto, mas nunca me aprofundei. Agora Ian está estudando na escola tudo isso e me conta essas coisas e fico fascinado. Gosto dos famosos: Dali, Picasso, Munch, Gogh, Portinari... e claro Da Vinci e Michelangelo. Descobri recentemente Johfra e fiquei de queixo caido.

Enfim, fomos visitar a exposição Mestres do Renascimento, no Centro Cultural Banco do Brasil e fiquei realmente impressionado e até emocionado. Também pela importância histórica, claro. Obras do século XV, XVI bem diante dos meus olhos. E é um deleite. Minha "leiguice" não me impede de contemplar essas obras incríveis e muitas reflexões me veêm à mente: - Como isso pode sair da mente humana, de mãos humanas? Como obtinham tintas de cores tão vivas e que resistem ao tempo? Cada sombra, cada detalhe, profundidade e expressão com precisão assustadora. E pensar sobre  os personagens e cenas...São reais? São apenas representações? Porque mereceram serem modelos e inspirações desses artistas? E os portugueses nem haviam pisado aqui ainda...

É para refletir. E sentir e entender. Aos poucos. E fazendo isso será que nos descobrimos também? Serão nossos espelhos?

Enfim, arte. Seja ela auditiva, teatral, escrita, esculpida, filmada ou pintada. Complexa ou minimalista. Digital ou orgânica. Não importa a ferramenta, a forma ou material usado. Me parece que a matéria prima está em nossas mentes e corações. 10% como dizem. Porque os outros 90% são suor.

E como diz meu amigo Edú, Não seria Deus um Luthier?






segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Aprendendo como uma criança...e cavando na selva de pedra.



Crianças aprendem muito rápido qualquer coisa. Na velocidade da luz. Quando a gente cresce, vamos perdendo essa capacidade. Responsabilidades, contas, conquistas materiais, preguiças e infinitos condicionamentos de todos os lados. Familia, sociedade, trabalho...

E se a gente se permitir, podemos estar a todo tempo aprendendo. Como uma criança, ter olhos novos para tudo. Tudo o que já estamos cansados de saber, ou achamos que sabemos, pode se transformar completamente em algo muito novo e maravilhoso. É olharmos por outro lado. Nos permitir levantar o véu dos nossos preconceitos idiotas e idiotizantes. E com isso, podemos ganhar amigos, oportunidades, um pouco mais de cultura e tantas coisas. Quando a gente perde uma coisa ruim, um sentimento ruim ou pensamento equivocado, automaticamente "ganhamos" seus equivalentes opostos. Ganhamos mais leveza e felicidade. Em vez de rancor, compreensão, em vez de raiva, compaixão, etc...

Nesta cidade cinza que é São Paulo, é muito fácil endurecermos nossos corações. Metrôs e ônibus lotados. Vias congestionadas. Todo mundo irritado, estressado, apressado. Parece que somos todos robôs correndo pra lá e pra cá. Correndo atrás do próprio rabo. Tem como fugir disso tudo? Só se mudar de cidade, país...Quer continuar aqui? Então vamos aprendendo a sossegar um pouco.  A enxergar diferente.Ter um pouco mais de solidariedade e olhar as coisas com mais calma. E perceber que a frase gentileza gera gentileza é pura verdade. Experimente. E não tiver retorno, o problema não será seu. Definitivamente.

Passei por umas pequenas experiências nas últimas semanas que me acordam e me sacodem. Ajudam a entender meu preconceito, minhas visões erradas de um montão de coisas.

Cena de Metrópolis - 1927 - Fritz lang

  - Dias atrás, me encontrei com a namorada depois do trabalho para irmos para casa. Resolvemos comer alguma coisinha pelo centro velho de São Paulo afim de esperar as conduções, metrô e ônibus, esvaziarem um pouco. Em questão de 2 horas apenas, tudo estava transformado. A multidão, toda a aglomeração e correira estava dissipada. Ônibus e metrô tranquilos. Fiquei pensando, como pode? As pessoas saem correndo freneticamente do trabalho para casa, esbarrando umas às outras, amontoando-se, quando não empurrando, para quê? Chegar em casa para se esparramar no sofá e engolir a janta assistindo Datena, Jornal Nacional? Resumos de tragédias do dia? Novelas? Facebook? Estamos realmente satisfeitos por termos dinheiro para pagar Speed e TV a Cabo? É esse nosso objetivo? Ficamos satisfeitos contando as "curtidas" a mais? Enfim, passeamos pelo mosteiro São Bento todo iluminado e imponente. Tiramos fotos (turistas na própria cidade?) e, andando a passos de tartaruga pelo "perigosíssimo" Viaduto Santa Ifigênia, nos deparamos com um rapaz sentado tranquilamente no meio fio no viaduto com seus amigos. Um humano e outro um lindo Husky Siberiano. Paramos para afagar o dog, mansinho, e descobrimos uma linda história de como o rapaz salvou o então cãozinho da morte (literalmente, já que queriam sacrificá-lo), na rua, a 14 anos atrás e que eles são inseparáveis desde então. Fico grato de ter escutado essa história.

- Às pessoas têm medo de tudo. A TV nos deixa assim...Por exemplo: Gosto de ir de vez em quando à estadios assistir ao meu Santos. Vou com meus filhos. Nunca presenciamos nada, absolutamente nada do que a TV insistentemente nos mostra. As violentas brigas e arruaças. Não estou falando que não existem, claro que sim, mas vamos pensar um pouco: Quantos jogos tem na cidade por ano? E em quantos teve algum episódio de violência? Poucos (Também acho que não deveria ter nenhum, mas...). Uma manchete no jornal dessa maneira chamaria nossa atenção? (Jogo de ontem no Pacaembú foi tranquilo, com torcedores se respeitando e voltando serenamente para casa). Claro que não. O que vende é o drama. A tragédia! E quando vamos ver ao vivo, percebemos que isso não é toda a verdade. E com isso vamos tendo medo de tudo! Desconfiamos de tudo. Que andar na rua é uma guerra. E saímos preparados para a guerra. E nesse estado de espírito, realmente um simples encontrão na rua pode virar uma guerra.

- Andar na cidade aos sábados e domingos é uma delícia. Tem ferinhas e gente bacana andando nas ruas, de bicicleta, a pé, com cãozinhos...O falfadado Minhocão vira um festival de artes a céu aberto. Tem projeção de filmes nas paredes dos prédios e dezenas de bandas de Jazz, Black, Reggae e Rock tocando ao vivo no asfalto...com os ambulantes vendendo Heineken e Stella Artois a preços justos. hehe. Vale uma passada ali embaixo do viaduto, na saída do Metrô Marechal Deodoro, na padaria Palmeiras e experimentar um pedaço de pizza da casa, que mais parece uma torta.

- Já falei da rede SESC aqui e volto a dizer. Que lugar sensacional. Cheio de shows, peças e exposições incríveis, gente que sabe conviver e dividir os espaços, solícitas...e as comedorias tem maravilhosas guloseimas a preços populares. Domingo fomos passear por lá. Sem planejamento. Descobrir alguma coisa por lá mesmo. E descobrimos na biblioteca, vários livros que procurávamos em outros lugares e não achávamos. E até livros novos e interessantíssimos. Trouxemos emprestados. Mas mais legal ainda foi na volta, no Metrô Belém. Ao chegar na plataforma, ouvimos o som de um piano (Para quem não conhece, o metrô de SP tem alguns pianos à disposição do público e faz rodizio entre as várias estações). Subimos as escadas e ficamos lá apreciando um transeunte extraindo coisas maravilhosas do instrumento. Melhor? Uma senhorinha deficiente visual debruçada exalando emoção. Até arrisquei umas coisinhas (The Cure e Coldplay, oras...rs) e a senhorinha também tocou. Conversando com o rapaz, descobrimos que seu instrumento Nº 1 é o violino. Também falamos sobre como nosso preconceito é tão enraizado na gente e nem percebemos. Pois ele estava de bermuda e a gente nunca imaginaria que tocasse tão bem piano. (Aliás, como deve se vestir quem toca piano?rs). Ele até arrumou um professor de piano para a senhorinha.! Um amigo dele, também deficiente visual e que dá aulas de piano, com partitura e tudo! Tudo se encaixou. Perfeito.

- Tem gente que insiste em dizer que tudo antigamente era melhor...eu não ligo para isso e assisto com deleite ao show da Banda pernambucana Volver, que faz um pop simples e vigoroso, ao filme novo do maluco Michel Gondry, racho o bico lendo o novo de tirinhas do Carlos Ruas, O Boteco dos Deuses, descubro uma livraria incrível ali nos arredores da caótica Praça da Sé e que agora vai "concorrer" com minha livraria favorita ali na Av. São João, do qual o dono já me considera amigo. E eu também.

- É isso, se a gente se permitir um pouquinho, podemos ver beleza e vida mesmo dentre esse cimento todo.

E já tem gente me chamando de fresco agora, e eu fico feliz em concordar. Muito bom estar fresco, aos poucos mais revigorado e saindo do torpor de anos. E minha meta é ficar ainda mais, quem dera com a energia e disposição de uma criança. E claro que podemos nos permitir jogar-nos no sofá. Mas que seja muito mais de cansaço do que de preguiça.

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Em tempo:  O Sesc Belenzinho vai receber exposição incrível do Sebastião Salgado. Do último livro, o majestoso, impressionante e sugestivo Gênesis. À partir de 04 de Setembro. GRÁTIS!

Músicas que andam fazendo minha cabeça:

- The XX - Eles estão no 2º disco, tão bom quanto o 1º. 
- Dead can Dance - A volta dos mortos que podem dançar está deslumbrante, como sempre.
- The Next day - O tiozinho manda ver com vigor de adolescente. Impressionante. E o que é aquele clipe de Next Day, a faixa título. Afe! Tiozinho Bowie volta profano e polêmico. Ainda atuando com Gary Oldman? 
- O novo do Depeche ainda não desceu redondo, assim como o do Jonhny Marr...Vou deixá-los ali maturando e depois volto neles.
- Já ouviu The Field? Viagem eletrônica das boas.
- E descolei umas músicas do Kraftwerk dos primordios, com bateria acústica (?!?!!?) e clarinete (?!?!??). Curiosidade e doidera esquisóide das boas. hehehe...Quem quiser, tá aqui: http://rraurl.com/resenhas/6346/O_Kraftwerk_pre-historico. Aliás, esse site é coisa fina demais...dá para ficar horas navegando!

Filmes assistidos ou re-assistidos (que valem muito, mas muito a pena):

- Sociedade dos Poetas Mortos - Sempre atual e muito emocionante;
- Peixe Grande, do mestre Tim Burton; Acho que meu preferido dele.
- Espuma dos Dias, do malucão Michael Goldry e com a eterna Amelie, Aldrey Tautou.
- A árvore da vida; para mim, a maior obra de cinema de todos os tempos e em todos os sentidos. Mas não é bem um filme, é uma meditação, uma reflexão, uma....não sei o que dizer dele. Aliás, indico para quem assistiu ou não, essas duas matérias:

http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2011/08/22/o-comico-e-o-cosmico/

http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/03/30/como-assistir-a-arvore-da-vida-de-terrence-malick-3/

Sim, Zeca Camargo. Tem algum preconceito? rs

Bye!
Samuel




















quarta-feira, 22 de maio de 2013

Just like a dream...







Existe aquela história que diz que, um segundo antes da gente morrer, todas as imagens dos acontecimentos ao longo das nossas vidas passa pela nossa cabeça. Eu não queria começar esta resenha dessa maneira mórbida, mas essa é uma boa analogia que consegue explicar o que aconteceu naquele sábado, desde o momento que acordei até quando fui dormir, às quatro da manhã do outro dia, depois de um 6 de abril que incluiu a noite que o The Cure tocou pela primeira vez em São Paulo em 17 anos.

Mesmo tendo lido durante anos resenhas de outros fãs que haviam assistido a banda ao vivo e tinham expressado o quão fantástico tinha sido, ou ter ouvido do Samuel e do David como o show do Rio tinha sido espetacular, eu não estava preparada para o que ia acontecer assim que eu comecei a ouvir Tape tocando.

Eu já conheço o show deles. Já conheço Tape, Open, High... Todas as 40 que eles tocaram, depois de tanto tempo vendo os mesmos vídeos delas sendo tocadas ao vivo. Mas o que acontece ao vivo é algo difícil de explicar. Não importa como as pessoas chegaram lá, que vida elas levam no dia-a-dia, qual tipo de pensamento elas têm. Quando Tape começou, foi como se o Cure tivesse fechado todos dentro de uma redoma de vidro e alguém tivesse jogado um jato de tinta na cabeça de todas as pessoas, de quem ouve e deles próprios, e todos tivessem ficado com determinada cor. E em todo momento, eles jogavam um jato de tinta de cor diferente. Você vai acumulando aquela tinta e ficando todo colorido. No final do show, tão colorido, mal sabe a sua cor. Mal sabe se chegou lá amarelo ou vermelho. E nem acha mais que isso importa. Quer ficar colorido por dias.

Ver o Simon tocando acho que foi mais emocionante do que ver o Robert e, embora eu não admire mais um do que o outro, como músicos, foram as linhas de baixo do Simon que me fizeram enxergar música de uma maneira bem diferente do que eu via antes. Além de começar a tocar baixo, mesmo ter vontade de arranhar outros instrumentos. Vê-lo ao vivo também me fez ter uma imagem dele que eu nunca tinha tido vendo shows em vídeo - diferente dos outros quatro músicos, o Simon e o baixo me pareceram ser uma coisa só. Como se o baixo fosse parte do corpo dele. Sensação bem esquisita, bem maluca. Sempre achei que a naturalidade com que ele toca, e cria os sons no baixo, se equivalem a uma pessoa que fala bem, ou escreve bem sobre os próprios sentimentos. Como se ele 'falasse' com o baixo, a exemplo do Robert que fala através das letras. Perdi a conta das músicas do Cure que ouvi em que o baixo parece falar o que a letra fala. 'How Beautiful You Are' e 'Numb' são dois exemplos.

Fora o fato do homem ter 52 anos de idade e pular durante três horas sem parar. É contagiante ver aquilo, uma paixão pelo que faz que não enfraqueceu com o tempo. Nesse sentido, o Robert não ficou atrás. Há muito tempo ele anda economizando nos vocais - naturalmente -, mas continua cantando com alma e alegria pelo que faz. E lá estava ele na quadragésima música fazendo as versões um pouco mais pesadas - que eu adoro - que o Cure faz de 'Killing an Arab', a plenos pulmões e animado como um moleque de dez anos. E sempre deixando o palco passando uma sensação de que queria tocar só mais uma.

Robert terminou o show de São Paulo com seu 'see you again soon' um tanto convencional. Dizer isso na França é diferente de dizer no Brasil. No Brasil soou um pouco triste, porque a gente aqui sabe que este foi o último show do The Cure por estas terras. De qualquer forma, as lembranças daquele dia foram tão intensas que eu quase posso embrulhá-las numa caixa e guardá-las, para revisitar quando quiser. Poucos dias são flores sem espinhos na vida da gente, e aquele dia não foi diferente. Mesmo assim, não há nada que eu gostaria que fosse mudado.

Muito bom poder compartilhar esse momento com meus amigos e companheiros de banda, o David e o Samuel, pessoas que eu gosto muito e com quem eu compartilho as coisas sobre o The Cure há muito tempo. Fico feliz que a minha lembrança desse show do The Cure também envolva os dois. Bom também ter a Camila, a Carol, o Ian, o Ricardo Zumbido e o Teco por perto enquanto o The Cure tocava.

Nunca gostei muito de 'Fight' mas, por alguma razão, no dia seguinte, era ela que estava vindo na minha cabeça o tempo todo.

Fight fight fight
So when the hurting starts
And when the nightmares begin
Remember
You can fill up the sky
You don't have to give in

Never give in


(Por Tiemi)

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...e toda vez que eu leio esse texto da Ti parece que cai um cisco nos meus olhos...Eita!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

From the edge of the deep green sea


Sabe quando a gente vai num parque de diversões, num brinquedo radical? Nunca lembramos muito do que acontece quando a gente está lá, de ponta cabeça, ou girando rápido, ou chacoalhando...O mesmo quando damos um mergulho em mar aberto, ou um primeiro beijo naquela garota de quem você tanto gosta e que te fez perder noites de sono imaginando como seria?...Como que numa brincadeira irônica, o que fica na memória são aquelas imagens dissipadas, meio borradas e a sensação é de sonho, às vezes Deja vu. Presenciar um show do Cure ao vivo é mais ou menos como isso. É um evento tão rico em imagens, em cores, luzes, névoas, em poesias estranhas, em memorias e sensações...e claro, também sons dissonantes, psicodélicos, distorcidos, graves, agudos e médios voando no ar e chegando em nossos incautos e pobres ouvidos e cérebro e ... coração...Todas timbragens perfeitas dos instrumentos, que são tratados com respeito e carinho. Aí, tudo muda a cada 3, 5, 6, 15 minutos, assim, de repente...Você mal saboreou o último prato, você mal assimilou o que sentiu, o que viu, e Robert Smith e Cia já lhe entregam outra enxurrada de sensações. Claro que cada um tem seus motivos íntimos em gostar de The Cure. Também cada um curtiu o show como lhe convém. E TODOS estão certos. Da minha parte, posso dizer que tomei uma SURRA. Era muita coisa para ver, ouvir, sentir, lembrar, assimilar. Era um prato novo, filme novo, um atrás do outro. Over and over and over. Saí extasiado e arrebentado. Fisicamente e emocionalmente. O Cure em disco é sublime na produção e dispensa comentários. Mas é AO VIVO que eles mostram a que vieram. Tudo é mais pesado, mais PRESENTE, mais respirável, tátil, saboroso e temperado. Tudo isso não foi da noite para o dia. São 36 anos de banda e muito trabalho. Muitas idas e vindas. Aprenderam a trabalhar os instrumentos, a usar os pedais certos no palco, a cantar melhor, equipamentos ideais...também descobriram o que vale e o que não vale a pena em fazer parte do famigerado "showbusiness" e tiveram a sabedoria e humanidade de se manterem íntegros e afastados de toda megalomania e falsidade do meio. Não são celebridades ocas, são artistas dignos da palavra. Malucos gênios que deram certo. Para felicidade da arte e seus apreciadores.

Tanta coisa acumulada só podiam resultar numa coisa: Uma banda perfeita, com um repertório perfeito, carisma perfeito e entrega total. Melhor ainda, comunhão total!

Sabe....ás vezes penso no tamanho do mundo. Imaginando ver esse pequeno globo azul do céu, da lua e imagino quantas e quantas pessoas pisaram nesse chão desde tempos remotos. Pensadores, políticos, assassinos, tiranos, reis, escritores, pintores...E quantas ofereceram à humanidade, músicas simples e poderosamente íntimas e emocionais como essas banda? E todos sabemos, tocar profundamente nossos sentimentos, sejam eles alegres ou sombrios, nos faz nos conhecer melhor. O The Cure conseguiu isso. Por eles e por nós. Afinal, somos fãs disso. Tentamos compreender isso. Nos torna mais próximos de algo divino e por consequencia, pessoas melhores. Eu acredito nisso.

Os comentários dos amigos pós show, até um dia depois, dois dias depois mostram bem isso: - "Meu, tomamos uma surra de The Cure!" - "Parece que foi um sonho" - " Parece que ainda estou sonhando" - "Melhor banda do mundo!" - "Esse show mudou minha vida!" - "Estou hipnotizado até agora!" e muitas outras...o que me faz pensar que nossos sentidos não estão tão acostumados com isso. Que precisamos conviver mais vezes com experiências como essa. Enfim, palavras não conseguem expressar com precisão. E nem precisa. Foi histórico e acachapante. Visceral e catártico! Além de uma aula de mestre para quem aspira ser um artista. Talvez seja por isso também que eles adiam sua aposentadoria. Ainda há o que se passar pra frente. E sempre haverá.

Entrego esse texto inacabado, pois eu poderia demorar 17 anos ajustando-o e nunca ficaria satisfeito. Porque isso não tem fim. NUNCA!

A Interlude, agora mais do que nunca, vai continuar sua peregrinação, sua saga em terras brasilis. Tentando, humilde e singelamente mostrar um tiquinho de nada que seja disso tudo. Um pingo nesse oceano Cureano. E principalmente fazendo do jeito que eles ensinaram: Com paixão, energia e entrega. Nos divertindo, conhecendo outros loucos como nós e tentando angariar mais alguns para nossa religião. Para quando eles voltarem um dia, tenhamos mais e mais discípulos. Vida longa ao The Cure!

...

Eu nunca estive tão
Brilhante, veja como era a minha cabeça antes
Eu nunca estive tão
Maravilhoso, você quer mais
E tudo o que eu quero é ficar assim
Eu e você sozinhos
Um beijo secreto
E não vá para casa
Não vá embora
Não deixe isto acabar
Por favor fique
Não apenas por hoje

From the edge of the deep green sea

terça-feira, 19 de março de 2013

SESC e outras coisinhas...


Só gostaria de compartilhar...: 

Não digo bastante, mas em SP cinzão tem alguns espaços muito bacanas para exercitar a reflexão, o corpo, os sentidos, a estética, interatividade, senso de comunidade...enfim...nos sentir "vivos". Esquecer o Metrô lotado, o transito caótico, a pobreza, a violência. Gente, HÁ SIM, "entretenimento" sadio e enriquecedor bem pertinho e acessível. Melhor do que Faustão, BBB, CQC, Facebook, instagram e sei lá mais o quê...inclusive jogo do Santos...rs

Estivemos, Camila, Yuri e eu no Sesc Belenzinho no sábado. Estar num Sesc é sempre uma experiência nova e revitalizante. E de onde você estiver, sente-se no chão, plante bananeira, se é assim que quer experimentar. Faça seu ângulo. Camila conversou com um amigo grafiteiro, vimos uma permormance estranha e instigante e um grande estilista trabalhando ao vivo. Desfilamos os 3 numa passarela virtual e nos assistimos num telão imenso. E tudo isso é interligado. Instigante, provocativo, muito divertido e reflexivo...Yuri brincou no espaço das crianças com brinquedos lúdicos, ideais para a idade dele, além de interagir com os amiguinhos e usar a criatividade bruta que lhe é inerente como criança. Nada de eletronices viciantes. Não ensinemos nossos filhos a usar internet e video games só para nos "darem sossego". Eles precisam interagir com os amigos e com o mundo, com a natureza, eles precisam queimar calorias, precisam usar a energia para criar, desenvolver o pensamento. Eles QUEREM ler, querem compreender, querem criticar e a gente é que pode acabar com isso e ajudar a torná-los preguiçosos iguais a gente. Enfim...ainda experimentamos os aparelhos de ginástica e a excelente cozinha do lugar. Tudo isso em poucas horas e DE GRAÇA! Só pagamos a comida e o estacionamento, claro. E mesmo grandes espetáculos tem seu preço quase que simbólico.

Nesses lugares eu me sinto importante e respeitado. É o SESC simplesmente devolvendo à população em forma de Cultura, esporte, lazer, arte, desenvolvimento pessoal, tudo aquilo que ela mesma produz com trabalho árduo. Ou seja, O SESC faz tudo aquilo que nossos governos dizem que fazem, mas não fazem, ou fazem de fachada e porcamente. Porque será?



...

E aqui embaixo, um cineclube que debate e ajuda a expandir nossas conciências no meio socio-ambiental e também como individuos, claro. É ou não para sair uma nova pessoa de um lugar desses? Com novas posturas e visões. E tudo começa com a gente. De dentro pra fora. O oceano é feito de pequenas gotas, não?

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações."                                                                                                                                                                    (Preâmbulo da Carta da Terra)

7 ameaças à sustentabilidade, segundo Gandhi:

•    Riqueza sem trabalho
•    Prazer sem responsabilidade
•    Conhecimento sem valores
•    Negócios sem ética
•    Ciência sem compromisso humanitário
•    Religião sem altruísmo
•    Política sem princípios

Bora explorar tudo isso? Mexer com a rotina e sair da roda um pouco. Só faz bem!

http://www.cineclubesocioambiental.org.br/ocineclube/apresentacao.php

http://www.sescsp.org.br/sesc/

Mais ainda: Sei que todo mundo conhece esses outros lugares, mas dar uma espiada na programação sempre pode gerar uma grata surpresa:

www.centrocultural.sp.gov.br

http://www.bb.com.br/portalbb/home22,128,10161,0,0,1,1.bb?codigoMenu=9897


Abraços!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Equilibrio


Para sentir-me pleno, tenho que ser estável. Para ser estável, é necessário equilíbrio. O equilíbrio entre:

Devo ser alegre, e não inconveniente;

Ser sincero, e não machucar;

Ser firme nas idéias, e não arrogante;

Ser humilde, e não submisso;



Ser rápido, e não impreciso;

Ser contente, e não complacente;

Ser despreocupado, e não descuidado;

Ser amoroso, e não pegajoso;

Ser pacífico, e não passivo;

Ser disciplinado, e não rígido;

Ser flexível, e não frouxo;



Ser comunicativo, e não exagerado;

Ser obediente, e não cego;

Ser doce, e não melado;

Ser moldável, e não tolo;

Ser introspectivo, e não enclausurado;

Ser determinado, e não teimoso;

Ser corajoso, e não agressivo.
A gente é mesmo aquilo que achamos de nós mesmos?