segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ensaio sobre a cegueira, James, Maria Alcina e outras coisas...



Estou devendo a mim mesmo algumas resenhas das últimas coisas que li, assisti, ouvi...Isso importa? A mim sim. Gosto de escrever sobre coisas que estão fresquinhas ainda na memória, no coração. Mas tem coisas tão catárticas que as palavras se tornam quase que impotentes e ralas.
 




Sexta retrasada, dia 14, fomos depois do trabalho encontrar dois amigos queridos para um vinho rápido no Sesc belenzinho. Nem sabíamos qual seria o show da noite e acabei prestando atenção na passagem de som da banda, no lado de fora da Comedoria. Ao ouvir o vozeirão saindo das caixas, a grata surpresa de reconhecer a Maria Alcina. Surpresa maior saber que ainda tinham ingressos disponíveis e ainda mais quando meus amigos e Camila terem me presenteado com os ingressos. Noite linda, show magnífico, contagiante e pra cima. Com participações muito especiais de Guisado, Karina Buhr e Anastácia. Para quem talvez se lembre dela nos Qualé a MúsicaA véia mata a pau ainda. Ainda tem fogo na Bacurinha.








Um soco da boca do estômago. Depois um gancho de direita no queixo. Ainda não absorvi por inteiro essa obra intensa, impressionante e que me força a abrir os olhos e enxergar. Nossos maiores horrores somos nós mesmos. Humanos.



Não precisa se esquecer de Arcade Fire, de U2, de Radiohead, Oasis. Nem Led Zeppelin, Janis Joplin, Beatles. Cada uma tem sua obra, seu legado e seu séquito de fãs incondicionais. Mas nada impede a gente de buscar e por vezes encontrar maravilhosos tesouros esquecidos, ou escondidos. Tenho ouvido esse disco do James a vários dias seguidos e a cada vez me pergunto: Porque uma maravilha dessas é tão negligenciada? A humanidade precisa ouvir isso. Mas isso realmente importa? Não é um "disco para se ouvir antes de morrer", nem Top 10 da década (90), e experimente colocar no google? Nenhuma citação, nenhuma resenha. Isso impede de ser uma obra de arte pop linda e apaixonante? Não. E está aí para quem quiser. E eu quero.


1 comentários:

Anônimo disse...

Maria Alcina, foi de encher os olhos com tantas cores e deixar os ouvidos pedindo mais !

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