quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ECHO

E pela 5ª vez, Echo & the Bunnymen em solo brasuca. Totalmente dispensável o blá blá blá de "só tocam aqui porque estão decadentes". É uma banda muito importante, influente e merece respeito. Sobre o show? Ah....que show! Sem dúvida a melhor apresentação do Echo por aqui depois da volta. 1987 não conta. Covardia. Era a "época" e a formação original. Nessa segundona, véspera de feriado fria de rachar, garoa fininha, noite de tirar o sobretudo do guarda roupas e conferir os homens coelho mais uma vez. Não posso negar que me surpreendeu. Não esperava tanto. Vi o Echo em todas as suas passagens pelo Brasil, exceto 87. O DVD Live in Liverpool também não convence muito. O Echo não é tão bom ao vivo...Mordi a lingua. Foi impecável. Sonzão alto, potente e cristalino. A voz do Ian estava ok. Fumaça dando o clima, casa cheia...Ocean rain na abertura, na íntegra e com cordas ao vivo. Simplesmente emocionante. A banda de apoio também é a melhor desde a volta, competente e com muito punch. Deixa o Will Sargent à vontade para despejar seus riffs ora viajantes e hipnóticos, ora ásperos e distorcidos...tudo milimetricamente colocados. O Ian não interage muito com o público. Deu boa noite, avisou que seriam dois sets, elogiou São Paulo e só. Precisa mais? A música falou por si só. Deu o recado. A primeira parte foi de arrepiar. As cordas funcionaram perfeitamente ao vivo e Silver já empolgou. Daí pra frente foi só emoção. Nocturnal Me, The Yo Yo man, The Killing Moon, mais lenta e cadenciada, Seven Seas, My Kingdom e o fechamento com uma Ocean Rain de arrepiar. A volta, para o show normal, também surpreendeu com Going Up, faixa que abre o ánbum de estréia, Crocodiles e em seguida, a banda ataca de Show of Strength, que abre o segundo álbum, Heaven up here. Daí pra frente, mais desfile de clássicos, Rescue, com as guitarras no talo, Think i need it too, do novo álbum, The Disease, outra que surpreendeu, Back of Love e The Cutter. Para o BIS, Nothing lasts forever, sempre bonita e improvisada com Walk on the wild side do Lou Reed e Lips like Sugar, em versão bem rockeira transformando o Credicard Hall numa pista de dança. O Echo passou da hora de se aposentar? Não lança mais discos relevantes? Só vem ao Brasil porque só faz sucesso aqui? Tudo bobagem. Os caras só estão fazendo o que gostam e sabem. A voz do Ian pode não ser mais aquele trovão de duas décadas atrás, mas ainda assim, melhor e com mais personalidade do que 99% das bandas novas. E todo mundo saiu com um sorrizão no rosto.

1 comentários:

Tiemi Santiago disse...

É, bandas aparecem e somem todo ano, e aí está o Echo, com mais de trinta anos, e ainda surpreendendo os fãs. Bandas boas são sempre capazes de nos fazer morder as nossas línguas... hehe

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